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terça-feira, 1 de maio de 2007

CTG Brasil alerta para os riscos que clientes brasileiros correm ao fazer negócios em Second Life sem nenhuma garantia jurídica

CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS ESTÂNCIA CELESTE BRASIL

NOTA OFICIAL

A propósito do post “Sobre a polêmica das antigas terras do CTG”, tema levantado pelo Flávio Steffens, avatar de Flavio Richez, de forma muito abalizada e pertinente, o CTG Estância Celeste Brasil informa o seguinte:

1. Em nenhum momento o CTG questionou sobre a existência ou não de pendências com relação a impostos; apenas informou que tal dívida nunca havia sido cobrada, pelo menos, digamos assim, “pessoalmente” (o latifundiário norte-americano Intlibber Brautigan alega que enviou IMs - Mensagens Instantâneas, mas em inglês e, como se sabe, é comum receber dezenas, centenas de mensagens desse tipo, diariamente, quase todas elas sem qualquer conteúdo aproveitável, que por isso mesmo são desprezadas de forma quase que automática.

2. O patrão Bloguinho Bourgoin, que comprou as terras, com cartão de crédito, dólar, dinheiro real, e as doou ao CTG, mantém uma conta com a Linden Lab, de onde são descontadas as mensalidades e todas as demais taxas referentes à assinatura premium de Second Life, inclusive, é bom salientar, de forma automática e compulsória. Flávio esclarece que, no caso em questão, trata-se “de um Estate, ou seja, é uma ilha particular”, onde “as normas, funcionamento, valores e taxas” são fixados pelo governador.

3. Tal ponderação é válida, mas a partir dessas afirmativas, colocadas entre aspas, pode-se enumerar uma série de considerações que condenam de forma extraordinária as atitudes do senhor Intlibber Brautigan, a começar pela simples constatação de que a primeira e única vez que ele procurou o patrão Bloguinho Bourgoin foi para expulsá-lo, ele e seus companheiros, das terras que lhe pertencia, de forma grotesca, humilhante, na calada da noite, durante o Baile de Páscoa, enquanto as pessoas dançavam animadas e felizes.

4. E mais: O “homem de preto”, como ficou conhecido, surgiu do meio das trevas, do escuro da noite, destruindo tudo, utilizando seu poder absoluto, acima de qualquer lei, porque de bom senso nem há que se falar. Adotou a tática de “primeiro atirar, depois perguntar quem é”, de triste memória na histórica recente do Brasil. Mais ainda: o empresário, que alega sustentar a mãe com o que ganha em Second Life, não quis negociar, foi inflexível, desumano. Utilizou todo o seu poder para transformar em cinzas a sede do CTG e confinar os gaúchos em um terreno vizinho, conforme provam as fotos do momento.

5. O patrão Bloguinho Bourgoin fez o que deveria e podia. Tentou negociar. Em um primeiro momento, na hora dos acontecimentos, quando humildemente até pediu para que o homem de preto autorizasse a entrada de um casal para servir como intérprete. As fotos e até mesmo as legendas da conversa comprovam isso. Num segundo momento, buscando uma solução diplomática para a questão, através de negociações com Nisthai Pedro, o empresário brasileiro que representa os interesses da empresa no Brasil e que aqui também vende estas chamadas “terras particulares”.

6. Não obteve êxito nas negociações, apesar do reconhecido esforço do empresário brasileiro em convencer seu colega norte-americano a ser flexível nas negociações. Este queria que o CTG pagasse impostos absurdos, de quase três vezes o valor da terra expropriada, e que ainda comprasse de novo as mesmas terras, conforme provam os diálogos travados naquela triste madrugada de Páscoa e que estão gravados em poder da Patronagem do CTG Estância Celeste Brasil. Não cedeu um milímetro sequer, o que, em nossa opinião, mostra o seu caráter e, por isso mesmo, deve levar os brasileiros a tomarem o máximo de cuidado ao fazer negociações com essa gente.

7. Atentem para este ponto: as chamadas “convents”, “convenções” ou mesmo “constituições” de tais ilhas não passam de meros “contratos de adesão” que, no caso, não têm valor legal nenhum. O próprio homem de preto, em seus diálogos, zomba da Justiça Brasileira, ao afirmar que ela não tem nenhum alcance sobre as decisões dos latifundiários norte-americanos e que, no caso da busca de cortes internacionais, a lide seria demorada, cara (gastos de milhões de USD) e, no final, sem nenhum efeito prático. Mas então, pergunta-se: se os brasileiros estão lidando com dinheiro de verdade, fazendo transações internacionais, que tipo de garantias têm? Nenhuma?

8. A questão é mais ampla do que se pode pensar a princípio. A “convent” das ilhas de Nolan e Rothbard prevê a cobrança de juros de um por cento ao dia no caso de atraso em qualquer pagamento. Sim, UM POR CENTO AO DIA, não houve engano nenhum, é isso mesmo. Assim como poderia ser 10 POR CENTO AO DIA, 1000 POR CENTO AO MINUTO... Foi isso que levou o patrão Bloguinho Bourgoin a afirmar, na nota que anunciou o fracasso das negociações, que “aqui, a ganância, a ilegalidade e a imoralidade não têm limites”.

9. E o tão decantado direito de propriedade, núcleo de qualquer sistema capitalista, especialmente o norte-americano, onde fica? Se as terras eram legitimamente compradas, conforme reconheceu Nisthai Pedro, o que se devia eram eventuais impostos, que em caso de inadimplência deveriam ser cobrados na forma da lei, isto é, com a instauração do DEVIDO PROCESSO LEGAL. Imagine se a moda pega e os prefeitos brasileiros decidem simplesmente destruir as casas de quem não paga o IPTU e se apossar de seus terrenos, como forma de ressarcimento...

10. Quanto à questão dos objetos, Nisthai Pedro esclareceu, em nota, que “nenhum de seus objetos foi perdido ou deletado, todos voltaram para você em um único objeto de nome ´object´ em seu lost and found folder. Basta você jogar no chão esse objeto e todos os objetos serão descompactados na posição anterior, no novo ambiente”. Bloguinho Bourgoin respondeu: “A bem da verdade, esclareço que, vasculhando o meu inventário, que possui mais de 2.500 itens, encontrei um arquivo chamado "objetc" com um backup do que havia em cima do terreno de Nolan e Rothbard no dia da "tragédia".

11. Entendemos que o estrago de tudo isso é simplesmente irreparável. Primeiro, houve prejuízos financeiros vultosos com a aquisição e expropriação das terras de Nolan e Rothbard. Houve, também, evasão de divisas, já que a conta foi paga com cartão de crédito internacional, ou seja, em dólares norte-americanos. Segundo: ficou claro e patente que a parte mais fraca, ou seja, o comprador, não tem qualquer direito, devendo-se submeter às decisões dos empresários, sejam elas aceitáveis, legais, ilegais ou imorais. Ou seja: submeta-se a tudo que for exigido ou simplesmente terá o destino que o CTG Estância Celeste Brasil teve.

12. Finalmente, cabe lembrar que o gaúcho é um povo ordeiro e pacífico, mas não aceita a escravidão, mesmo que ela venha através de formas disfarçadas. A maior guerra já travada nestes pagos foi deflagrada justamente por causa da cobrança de impostos exorbitantes sobre o charque, que culminou com o movimento Farroupilha. Como disse um gaudério missioneiro no dia da batalha. “Já brigamos muito com os castelhanos e portugueses por causa de terras. Será que agora vamos ter que enfrentar os norte-americanos pela mesma causa?”

13. O CTG Estância Celeste Brasil mantém a sua posição, de legítimo proprietário histórico das terras de Nolan e Rothbard, e reafirma sua posição de lembrar essa data, de altíssimo significado histórico, em todo Domingo de Páscoa ou a qualquer momento, através de manifestações pacíficas. Conforme consta do manifesto de 14 de abril de 2007:

“Diante dessa situação decidiu a patronagem do Centro de Tradições Gaúchas considerar o 11 de abril como a sua data oficial e o Domingo de Páscoa como o Dia de Luta Contra o Imperialismo Norte-Americano em Second Life. Tais datas deverão ser civicamente comemoradas a cada ano, inclusive com manifestações de protesto nas sedes da entidade, nas próprias terras expropriadas e em outros locais de grande concentração pública, sejam comunidades brasileiras ou não.

CTG Estância Celeste Brasil
28 de abril de 2007
Bloguinho Bourgoin
Patrão

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