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sábado, 7 de abril de 2007

Gazeta do Povo, de Curitiba, destaca inauguração do primeiro Centro de Tradições Gaúchas de Second Life

Capa da edição de 02 de abril da Gazeta do Povo, com chamada para a matéria especial do caderno Informática

A Gazeta do Povo, de Curitiba, maior jornal do Paraná, destacou, em matéria de capa do caderno Informática e com chamada de primeira página, em sua edição de segunda-feira, 02 de abril, a criação do CTG Estância Celeste Brasil. Em matéria assinada pelo jornalista João Paulo Pimental, o jornal enaltece a iniciativa do também jornalista Clediney Silva, fundador da entidade, definindo-o como "um empreendedor (real) do lazer, proporcionado por um universo virtual". Veja a matéria completa.

INFORMÁTICA | MUNDO VIRTUAL publicado na edição impressa de 02/04/2007
Clediney Silva, de São José dos Pinhais, inaugurou o primeiro Centro de Tradições Gaíchas do Second Life:> aposta na interatividade da WEB 2.0 - (Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo)

Os Pampas no Second Life

Comunidade online, que já tem movimentos sociais e sistema econômico próprio, ganha
o primeiro CTG

Clediney Silva, de São José dos Pinhais, inaugurou o primeiro Centro de Tradições Gaúchas do Second Life: aposta na interatividade da Web 2.0

“Buenas, gaudério! Como estás?”
O cumprimento gauchesco, por incrível que pareça, pode começar a ser usado por avatares, personagens virtuais que habitam o Second Life. O primeiro Centro de Tradições Gaúchas (CTG) da comunidade online foi inaugurado no último sábado – e por um paranaense! Bem, quase... Clediney Silva, jornalista que fundou o CTG virtual, é gaúcho de Dom Feliciano, mas mora no Paraná há quase três décadas. De sua casa em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, Silva começou a acessar o Second Life no fim de 2006 e se entusiasmou com o funcionamento da comunidade. “Na época, anunciavam como um jogo, mas o SL não tem um público gamer. É um ‘jogo da vida’... E sabe que se encontra mais solidariedade ali do que no mundo real?”, frisa.

Quando explicava a natureza do Second Life a um amigo, dizendo que o universo virtual tinha “de tudo”, Silva foi questionado: “Mas já tem CTG lá?”. Foi o bastante para que o jornalista de 49 anos tivesse a idéia de montar a Estância Celeste Brasil, um lugar virtual em que os avatares podem encontrar fogo de chão, chimarrão e vestuário característico, além de conversar usando termos tipicamente rio-grandenses. Há um mês, portanto, o avatar de Claudiney, que atende pelo nome Bloguinho Bourgoin, trabalha duro para organizar o recém-inaugurado CTG. Não faltou a já mencionada solidariedade dos habitantes da “segunda vida”. “A sede do centro foi construída por minha ‘vizinha’, dona de um clube no SL, que não cobrou nada”, conta.

O prédio do CTG virtual pode não ter custado um centavo, mas o resto exigiu um investimento de 100 mil lindens (a moeda local), ou cerca de R$ 770 na cotação de sexta-feira. “As roupas, como a bombacha, o lenço, a pilcha em si, e o vestido de prenda custaram 20 mil lindens (R$ 155); a cuia de chimarrão exigiu muita customização e custou 6 mil lindens (R$ 46)”. Toda essa indumentária já está sendo vendida – inclusive em uma ilha virtual holandesa – por 490 lindens (R$ 3,80).

Medo das críticas dos tradicionalistas gaúchos, famosos pelo conservadorismo extremo? Claudiney e seu alter-ego Bloguinho já tiveram essa preocupação, mas resolveram a questão ao seguir “à risca as determinações do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho)”. “Não posso ter uma bombacha colorida nem colocar um palco de luzes dentro do CTG. Isso iria contra as normas do movimento”, explica. Hélio Ferreira, secretário-geral do MTG, aprova: “Olha, tchê, achamos que a internet é um caminho natural. Incentivamos a iniciativa, que é bonita, e tenho certeza que o CTG vitual será um meio de propagar nossa cultura”.

A inauguração que ocorreu no último sábado foi marcada por uma cavalgada, bandeira do Rio Grande do Sul em punho, pelas principais ilhas brasileiras do Second Life. Até a governadora Yeda Crusius havia sido convidada para a ocasião. “Penso na diversão e na disseminação da cultura, mas lá no fundo vejo a tecnologia e as possibilidades da Web 2.0”, conclui Silva. Um empreendedor (real) do lazer, proporcionado por um universo virtual. João Paulo Pimentel


Chamada de capa para a matéria especial do caderno Informática

VEJA A MATÉRIA ORIGINAL EM VERSÃO DIGITAL

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